27 Nov 2018 03:48
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<p>A festa na vitória nos pênaltis não esconde. A tentação é destacar o protagonismo de Jaílson. O goleiro que agora havia sido espetacular pela primeira semifinal contra o Santos, garantindo a vitória por dois a 1, brilhou hoje mais uma vez. Defendeu a cobrança de pênalti do menino Diogo Vitor. E, depois de seu time ser derrotado bem como por dois a 1, confirmou a chegada à desfecho, após três anos. Jailson foi o principal personagem que fez o clube ter a chance de sair do jejum de 10 anos sem vitória do Estadual.</p>
<p>Seria muito fácil acompanhar o rumo da idolatria ao goleiro de 36 anos. Porém os pontos que devem ser destacados nessa respeitável semifinal, são dois. O primeiro é o nervosismo, a afobação, a tensão, a falta de cérebro, a amargura. O falto de preparo psicológico do Palmeiras. Tivesse elenco um tanto melhor, o Santos sairia com a vaga pra final.</p>
<p>O segundo está nos 2 gols santistas, marcados por Sasha e Rodrygo. Mais uma vez, a zaga construída por Antônio Carlos e Thiago Martins falhou horroroso. É impressionante que Roger Machado não perceba os erros primários de lugar da dupla em qualquer cruzamento pra área. O Palmeiras precisa ajeitar falhas cruciais. Ou, apesar de favorito, e decidir o título em sua arena, pode ser surpreendido por Corinthians ou São Paulo, que optam a vaga amanhã para a decisão do Paulista. O Palmeiras jogará pela terça-feira, na Libertadores, contra o Alianza Lima, em moradia. Hoje, a eficiência do Santos deu a vitória pra eles.</p>
<p>As penalidades foram muito bem convertidas. Não imaginávamos que teríamos 2 jogos com placar elástico. É clássico, time extenso, jogo tradicional, que envolve diversas emoções. Roger, depois da partida. Jair Ventura, parecendo bem mais feliz, mesmo eliminado, do que Roger Machado. Sabia que conseguiu ser melhor que o extenso favorito à conquista do Paulista.</p>
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<p>E Jair tem desculpa. Ele foi ousado. Com a diretoria santista assumindo incompetência e ausência de dinheiro para contratar um meia, o treinador decidiu. Colocou quatro atacantes. Sasha, Arthur Gomes, Gabriel e Rodrygo para começar a partida. Sasha e Rodrygo se revezariam como meia. Alison e Renato dariam cobertura à defesa. Daniel Guedes e Dodô ficaram presos, jogando como laterais dos anos 70, sem ultrapassar a linha do meio de campo. O Santos havia perdido o primeiro jogo, assim como no Pacaembu, e enfrentava o ricaço elenco palmeirense. Assumiu tua figura de franco atirador.</p>
<p>Sem susto de ser feliz. Principalmente diante da zaga palmeirense. Antônio Carlos e Thiago Martins são lentos e se colocam mal além da medida. Qualquer cruzamento pra área é um sufoco. Jair Ventura sabia disso e tratou de pedir muita movimentação de seus atacantes. E treinou muito cruzamentos entre a pequena área e a marca de pênalti, pra impedir a saída de Jailson.</p>
<p>O Palmeiras entrou para o jogo com uma aparência ousada, adiantada. Mas que dava muito espaço para os contragolpes santistas. A chuva que caiu no Pacaembu complicava ainda mais as coisas pros zagueiros. Foi assim sendo que aos treze minutos, Daniel Guedes desobedeceu Jair Ventura. E fez muito bom cruzamento e Sasha cabeceou pra redes.</p>
<p>O dado ficou no desespero de Antônio Carlos e Thiago Martins, que não se posicionaram acertadamente. Um a 0, Santos. O Palmeiras conseguiu ceder a resposta 3 minutos depois. Tchê Tchê cobrou lateral, Felipe Melo disputou a bola com Alison e a bola sobrou live,limpa para Bruno Henrique acertar um chute fortíssimo. Bruno Henrique empatou a partida. A partir daí,o que se viu foi o Santos muito mais consciente. Segurando sem complexidade a 'pressão' palmeirense. Lucas Lima de novo foi grande decepção, sem participação efetiva em um jogo tão sério. O clima no Pacaembu ficaria tenso aos trinta e nove minutos, quando após uma desarrumação pela área, a bola sobrou pra Rodrygo fazer dois a 1, Santos. No segundo tempo, o Palmeiras partiu pro ataque desesperado. Queria empatar pela força, sem coordenação.</p>
<p>Não foi trabalhoso para o Santos conquistar segurar o placar. E ainda desperdiçar a chance de fazer mais gols nos contragolpes. Aí veio a decisão nos penaltis. Dudu, Tchê Tchê, Victor Luis, Moisés e Briga marcaram pelo Palmeiras. Gabriel, Jean Mota e Arthur Gomes fizeram os gols do Santos. Jaílson defendeu a cobrança de Diogo Vitor. E tem a chance de ser campeão paulista. Cessar com um jejum de 10 anos. Roger Machado sabe o sufoco que passou.</p>
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